sábado, 15 de maio de 2010

Observações diárias I

  No meu peregrinar cotidiano rumo ao dia de trabalho, esbarro com situações que me deixam constrangidos, outras vezes triste, e ainda outras abismados; são várias as pessoas que se tornam minhas companheiras de viagens e trocam idéias e olhares no mínimo curiosos. São as mais complexas experiências que vivo nesse "caminhar" diário,  algumas delas partilharei com vocês na intenção de meditarmos juntos o quanto se pode aprender ou retroceder a partir de pequenos contatos ou "simples" observações.
  Certa vez, fiz meu caminho de volta num carro de um "pastor" de uma dessas tantas "igrejas" protestantes. Ao entrar em seu veículo quase perco os tímpanos ao som da rede aleluia de rádio, e como de costume, não demorou muito pra ele começar falar de sua religião, não mostrando o que nela há de bom, mas sim, agredindo a verdadeira Igreja de Cristo, a Católica. E num deu muito certo pra ele.
  Ele afirmou que tinha o dom de cura, que já pregou em vários lugares, que qualquer palavra proclamada por ele é cumprida...Disse que certa vez, sua mulher o encarou, e ele lançou uma palavra sobre ela que a pobre coitada teve uma hemorragia no dia seguinte, outra vez foi pregar perto de uns "macumbeiros" e profetizou que eles desapareceriam e no dia seguinte um ônibus esmagou um deles. Concluiu dizendo que se quiser destruir a vida de qualquer pessoa basta uma profecia, pois falava em nome de Deus e ainda falou tudo o que se poderia pronunciar de absurdo contra a Igreja Católica, o Papa e a Eucaristia... Eu tinha fretado a viagem de Sapé a Pirpirituba, mas só suportei até Guarabira. Pedi que ele parasse, mas que me desse dois minutos de sua atenção, acho que ele deve ter se arrependido.
Eu disse, que se o deus que ele prega faz sua mulher sangrar e tira a vida de um "macumbeiro", o meu cura o sangramento da mulher e quer o "macumbeiro" vivo para que ele tenha a chance de conversão, e para responder suas declarações de sabedorias, concluí com a palavra de São Paulo aos Cristãos de Corinto, "ainda se eu falasse a língua dos anjos se não houver amor de nada valeria". Diante de todas as condenações que o tal "pastor" proclamou para quem não é de sua "igreja", olhei em seus olhos e disse: meu Deus me salvou na cruz e por amor nos redimiu dos pecados, em troca nos pediu apenas que amemos uns aos outros como Ele nos amou!. E que todas as vezes que ele pensasse na minha condenação por eu ser católico eu rezaria pela salvação dele.
  Desci do carro, ele paralisado, nem o pagamento quis, deixei o dinheiro no banco do carro e estranho é que até hoje ele não me devolveu...se para ele não valeram minhas palavras, para mim teve um sabor inexplicável, uma sensação de dever exercido envolvido num coração cheio de fé e amor pela Igreja. 
  Que Deus nos dê a graça de defender nossa fé com nossas vidas e que possamos ter em mente que nossa Igreja precisa de santos e santas que usem jens e comam hot dog, que não tenham medo de proclamar as verdades de fé...você pode ser um deles, nós podemos!.

Um comentário:

  1. O Silencio traz palavras, palavras fortes, palavras já ouvidas mas não proclamada; mesmo diante de nossas fraquezas o Espírito santo nos fortalece trazendo forças, coragem e o amor, traduzida em palavras de Fé e de Sabedoria.
    O tempo nos leva a vida, a dor ao crescimento.

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