No segundo Domingo da Páscoa, a Igreja nos leva a refletir sobre a infinita misericórdia de Deus e também sobre a nossa fé. No episódio da aparição de Jesus aos discipulos, há muito o que se contemplar: a saudação de Jesus (a paz esteja convosco), o envio (como pai me enviou assim também eu vos envio), o sopro (recebei o Espírito Santo, ide fazei meus discípulos, perdoai os pecados). No entanto meditemos sobre a fé de Tomé, que não estando com os outros durante a aparição de Jesus, afirmou que só se pusesse o dedo em lado, aberto pela lança, que acreditaria na Ressureição do Senhor.
Quantas vezes, como Tomé, condicionamos nossa fé à realidades materiais, e até "enfrentamos" Deus, pedindo uma prova concreta para assim acreditarmos nele, usamos tal "enfrentamento" para adiar nossa adesão verdadeira ao plano salvífico de Deus e continuarmos, em alguns casos, seguindo nossos desejos sem preocupar-se com o pecado. Porém, a fé consiste justamente em acreditar naquilo que os olhos humanos não vêem, pois apenas o coração é capaz de compreender, em parte, auxiliado pela a tradição apostólica e por experiências de oração, o mistério da salvação.
Como disse o próprio Cristo, felizes somos nós que acreditamos sem ver. Jesus reaparece e pede a Tomé, que ele faça o que desejara, e ao tocar as chagas do Senhor, o discípulo ajoelha-se e faz uma das mais belas afirmações sobre o senhorio de Jesus: MEU SENHOR E MEU DEUS. Que tenhamos a fé necessária para reconhecer o amor de Deus sem precisar de fatos extraordinários, pois na maioria das vezes Ele se manifesta na suavidade cotidiana, se nossa fé não é capaz de perceber os pequenos milagres diários jamais verá um milagre grandioso.
MEU SENHOR E MEU DEUS, EU CREIO MAS AUMENTAI A MINHA FÉ!
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