Com a celebração do 5º domingo da quaresma, concluímos grande parte de nossa caminhada rumo a Páscoa. Na liturgia vivida nesse domingo, o evangelista João (8,1-11), relata-nos a passagem da "mulher adultera", que nos comove e ao mesmo tempo nos leva a um exame de consciência sobre as pedras que atiramos nas pessoas a partir de nosso julgamento, olhares e palavras que tiram a esperança e rejeitam o arrependimento.
Jesus, que há alguns dias atrás declarava que não teria vindo para tirar nehuma vírgula da Lei dos Profetas, é posto a prova pelos fariseus, que trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério e queriam aplicar a lei, que mandava apedreja-la até a morte. Jesus escreve no chão, há quem diga que ali ele traduzia o pecado daquela mulher, e como aquilo que se escreve no chão com a chuva e o vento se desfaz, ali se disfez o pecado daquela mulher, que não era só dela, mas também daqueles que a troxeram. Fico imaginando a troca de olhar de Jesus com aquela criatura, a miséria humana encontra o coração amoroso de Deus, fazendo brotar a Misericórdia.
Quem de vocês não tiver pecado que seja o primeiro a atirar uma pedra. Então, "quem antes condenava se percebe pecador", Jesus ao penetrar no coração daquele mulher, penetra nas consciências dos que traziam pedras nas mãos, e quando Deus habita nossa consciência, nossos atos vão além dos nossos julgamentos. Saíram todos. Mulher onde estão os que te acusavam, ninguém te condenou? Eu também não te condeno, vai e não tornes a pecar!
São várias nossas situações de personagens nesse texto. Muitas vezes acusamos e apedrejamos, outras vezes somos julgados e apedrejados; mesmo assim, não importa a nossa posição, mas sim, nosso coração, porque a posição de Jesus continua sendo a mesma, não muda, perdoa os pecados dos "réus" e faz com que os "juízes" avaliem sua decisão à luz de Seu amor. Diante dessa Misericordia infinita, temos um compromisso: não mais pecar.
Nosso exercício espiritual para essa semana, será buscarmos essa Misericordia, sabe àqueles pecados que temos cometido e tem nos afastado da Graça de Deus...Procuremos o sacramento penitencial, para que esvaziados das falhas e abastecidos de amor possamos adentrar em Jerusalém com Cristo, rumo ao calvário, na certeza da ressurreição.
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